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quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Olá, meu nome é Eloise, e eu sou uma B.U.A.D.A.

Adoro ver Mulheres Apaixonadas e a Heloíza freak descontrol falando "Sérgio, Sérgio, Sérgio, Sérgio, Sérgio" e odiando todo mundo como se não houvesse amanhã. Todas as tardes ela realiza o meu sonho de odiar NA CARA todo o elenco da novela do Maneco (assim como Dado Dolabella realizou o meu outro sonho de dar umas bofetadas na Luana Piovanni) e esfaquear o Marcelo Antony e toda a sua pose de galã. Heloíza, beijos por isso e abraços por me fazer revelar, sem receios, que sou uma B.U.A.D.A. EXPLICO:

As B.U.A.D.As (Bichas Uó que Amam Demais Anônimas) são tipo eu, você e todo mundo, queridas leitoras. Não neguemos quem somos e nem joguemos pedras na Heloíza, nossa grande discípula, quando nosso teto é de vidro. Quem não tem teto de vidro que atire a primeira pedra, Pitty. Somos ciumentas e loucas e ansiosas, e o simples fato de não termos um apartamento no Leblon ou um marido pra poder esfaquear não nos torna menos B.U.A.D.A.s e nem nos tira deste imenso oceano chamado INSANIDADE. Heloíza é o nosso alterego descontrol, que esfaqueia e fica no pé e faz perguntas do tipo “VOCÊ TEM OUTRA?” e cheira paletó e revira bolsos e ENFIM, faz tudo o que sempre imaginamos ser livres pra poder fazer um dia sem julgamentos.

Oi, meu nome é Eloise e eu sou uma B.U.A.D.A. Acho que o primeiro passo é você se aceitar, sabe. Eu me descobri uma e nem por isso deixei de levar uma vida normal. É tudo uma questão de ocupar a mente (pra não formular teorias e possibilidades absurdas) e deixar o celular sem créditos (pra não sair bêbada aloka mandando sms). No começo é difícil parar de stalkear, não abrir janelas no msn mesmo não tendo assunto, não seguir a pessoa na rua, nãi ligar às 3 da manhã etc., mas com o tempo a gente vai aprendendendo. O mundo é uma pegadinha do malandro, que coloca no nosso caminho sempre os pouco dotados de tato para com as B.U.A.D.As, então, não esperem compreensão ao esfaquear alguém ou bater o carro no poste por sua causa, mas também não se reprimam e diminuam quem vocês são. O negócio é saber dosar, pra poder continuar com os mesmos procedimentos, porém conseguindo disfarçar e manter a pose e a serenidade fabricadas de quem pedala em câmera lenta no leblon ao som de norah jones mesmo depois de ter sido "raqueteada" pelo marido em casa.


- postado por eloise - às 17:46.
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